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Como mensurar o impacto socioambiental da sua empresa?

Toda organização cujos esforços estão voltados para ações de impacto socioambiental precisa entender como medir esses resultados. Não apenas para a própria afirmação da empresa como negócio em si, mas também para a atração de investidores, avaliação de estratégias e reestruturação de planos do empreendimento, quando necessário. As métricas de impacto social servem justamente para isso.

Neste artigo, elencamos algumas delas para que você saiba mais sobre o tema. Confira!

Conheça as principais métricas de impacto social

Em setores mais “tradicionais”, sabe-se que há ferramentas para medir todo tipo de resultado, especialmente porque costumam ser de forma quantitativa (quantos consumidores compraram tal produto, qual o ticket médio, quantas reclamações, etc). Mas quando se trata de negócios de impacto social, essas tecnologias de medição têm de ser um pouco diferentes.

Como medir o impacto de um grupo de adolescentes que, por conta do negócio, ficaram mais tempo na escola e chegaram mais bem preparados à faculdade? Como mensurar o efeito de um empreendimento que melhorou as condições sanitárias em uma região de vulnerabilidade social?

Para medir os impactos sociais de um negócio, trabalha-se com grupos de controle: indivíduos não contemplados pela intervenção, mas com características semelhantes aos atendidos (grupo de tratamento). Definidos ambos os grupos, recorre-se às ferramentas de medição. Pesquisadores e especialistas consideram, em geral, três grandes classes de métricas.

Métricas experimentais

A escolha de grupos de controle acontece de forma aleatória, ou seja, os participantes da intervenção são escolhidos por meio de um sorteio e aqueles que “ficam de fora” acabam por formar o grupo de controle. Essa metodologia garante grupos  estatisticamente semelhantes, em média. Um dos exemplos mais utilizados é o Random Control Trial (RCT).

Métricas quase experimentais

Nos métodos quase experimentais, não é possível fazer uma aleatorização para selecionar os grupos. Nesses casos, há uma seleção que pode seguir alguns dos critérios abaixo:

  1. Características observadas dos indivíduos;
  2. Características não observadas dos indivíduos;
  3. Parte do processo foi de forma não intencional, ou quase aleatória (quando, por exemplo, apesar da escolha do grupo de tratamento ter sido intencional, algumas variáveis interferem nas características desses indivíduos).

As ferramentas que usam essas métricas são Propensity Score Matching (PSM), Difference in Differences (DID) Regression Discontinuity Design (RDD).

Métricas não experimentais

As métricas não experimentais são aplicadas em situações em que não é possível contar com grupos de controle. São geralmente utilizadas para medir os impactos de intervenções universais (quando não há indivíduos fora da intervenção). Nesse caso, o pesquisador estabelece uma trajetória para o grupo de tratamento do que teria acontecido caso ele não tivesse passado pela intervenção. Um dos exemplos é a ferramenta conhecida como controle sintético (Synthetic Control).

Faça relatórios e comunique seus resultados

Se não se fala sobre o seu negócio, e se ninguém escuta nada sobre ele, o impacto perde força. E isso vale tanto para o público interno (colaboradores, conselheiros, se houver, investidores) quanto para o externo (clientes, fornecedores, mídia em geral). Estabeleça uma estratégia de comunicação que combine transparência, estatísticas e histórias inspiradoras.

Conhecer métricas de impacto social é fundamental para todo empreendedor que quer alavancar seu negócio com potencial real de obter resultados. A partir das avaliações obtidas, o líder pode encontrar as melhores maneiras de executar a gestão da empresa, aumentando as chances de firmá-la e continuar gerando impacto para as comunidades onde atua.